Sentado à beira do fim da vida
O quanto foi insossa tal existência
Pedrinhas despretensiosas no lago
Afundavam todas as memórias boas que ele ainda tinha
E tudo não era de agora
O declive ascendia a cada passo mal dado
Seus buracos colecionados no decorrer da vida
Tornaram-se o precipício amedrontador de hoje
Várias foram as chances dadas em forma de Luz
Diversos foram os “nãos” em tons de rejeição a qualquer Ajuda
...Divina, Celestial e Maternal.
A verdade é que suas mãos nunca foram bem usadas
Suas palmas nunca se conheceram
Sua Luz nunca foi acesa
Seu coração, irrigado por si.
Aquele que lhe deu as mãos e o coração
Nunca lhe negou a Luz
Sempre lhe procurou, lhe acenou, lhe sorriu
Mas você sempre apagava qualquer oportunidade
E agora,
O que fazer na escuridão de seus pensamentos?
Se há algum espaço para mudanças...
Uma lacuna de arrependimento...
Aproveite.
Pois qualquer fagulha de verdade pode incandescer um coração gélido
Uma centelha de amor pode sim, iluminar qualquer escuridão
Qualquer crença do bem pode aproximar as palmas de sua mão em tom de oração
A Luz sempre estará acesa
Ilumine-se
Em pé à beira do recomeço da vida
O feliz homem sorria
Diante de tão deliciosa existência