quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Como é simples o amor

Quero falar de amor.

O amor é simples.

Qualquer um pode falar dele.

Ele não liga onde vai estar; apenas se importa se vai estar.

Cabe nas palavras, nos espaços, nas falas, nas pausas, nas respirações (principalmente as mais ofegantes).

Não entra em discussões.

Às vezes as palavras entram.

Aproveitando-se do seu dom gramatical desatam a falar... a pronunciar e a escrever, porém esquecem que muitas coisas são ditas sem dizer.

O amor é assim:

Está presente onde há palavras, está presente onde há espaços, onde há amizade, onde há gentileza, onde há nobreza, companheirismo, bondade, sorrisos, olhares, alegria, caridade, natureza, fé

E está ausente onde não há simplicidade.



A Volta

Posso não ter escrito o que já escrevi

Como também posso não ter dito aquilo que sempre falei

Sem dúvida deixei de repetir o que sempre fazia

Não comentei o que pra mim já era obvio

Devo até ter me lembrado do que já tinha esquecido

Ou esqueci o que para mim era tão fácil lembrar

Dias passaram dentro de um mês que eu nem lembrava que existia

Tampouco freqüentei o pequeno calendário que no mês passado havia

O “há tempos” para mim foi ontem

E quem sabe o hoje chegue em breve, num próspero futuro que nos espera.

Voltei

Não li, não reli, não mexi, remexi, não corri, nem andei

Mas se uma certeza quiseres:

Ah, eu amei!