sexta-feira, 27 de maio de 2011

Vai

Grudada no caule vivia aquela folha
Cansada de ser mal aproveitada
Resolveu cortar o mal pela raiz
Fez fotossíntese em sua vida.

Separou-se do tronco que a pertencia
Despediu-se de quem merecia o seu adeus
Enxugou-se do orvalho da madrugada
E seguiu viagem.

Seu destino era incerto
Como eram seus pensamentos
Como tinha sido sua vida até esse momento

Não estava mais presa
O vento não prende
Dissipa
Empurra
Refresca
E nas mãos do vento ela se sentia mais feliz.

Na dúvida, vá.
Se não gostar, já sabe por onde voltar.



8 comentários:

  1. Que lindas palavras Thiago ...
    gostei muito mesmo ...
    e nas mãos do vento ela se sentia mais feliz.
    parabéns ... blog de leitura obrigatória ... vou passar aos meus contatos ...
    beijão!

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  2. Obrigado, queridos!!!! Estejam a vontade sempre, viu! Beijão procês.

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  3. Uma metáfora revisitada. Me fez voltar à infância e relembrar a história da folha levada pela enxurrada, que dizia: "Eu fui nascida no monte, não me leve para o mar". Mas o rio não estava nem aí para os queixumes dela...

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  4. Seus textos tem tudo haver com o contexto da minha vida!!!
    Estou adorando, continue escrevendo!!

    Está de Parabéns!
    Adorei, esse assim como "Sê Lago, Não Corredeira"

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  5. Palmas, palmas... Texto lindo! Sei que houve muita inspiração para ele... Parabéns amigo!

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  6. Esse vc fez pra mim com certeza....depois lhe explico o porquê...acabei de tomar uma decisão séria na minha vida...me arrepiei toda aqui qd eu li...meu Deus!!!eu sabia que seu estado pensativo lhe renderia um belo texto,viu que eu lhe falei?beijos e parabéns mais uma vez!

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  7. Lindoo! Adoreei. Parabéns, queridoo! Saudade

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