terça-feira, 27 de março de 2012

Triste Poema

Desconfio dos que não choram
Desacredito 
Se a queda livre é desaconselhada a uma gota
Qual caminho seguir?
Talvez o inverso.

Funcionando como balde, seus olhos inchavam a cada tropeço.
Cílios se esbaldavam no parque aquático, que deveria ser temporário
Encharcada de todas as tempestades dos últimos tempos,


A pequena moça não personificava tal tristeza
Ao contrário, mostrava-se quieta, sóbria, apática, fria.
De novo ao contrário, sou forçado a de opinião mudar:
Ela personificava, sim. 
A tristeza estava nela, impregnada. Era a própria.


Nem mesmo tal sentimento era tão triste quanto a moça.
Sua face parecia se cansar de esconder tamanha profundidade
Até a apatia cansou-se de ser obsoleta


Perigando transbordar o que nunca podia ser mostrado,
A moça tentava se esconder dela mesma.
Em mais um capítulo de esconde-esconde
Dessa vez, ela foi encontrada. Xeque-mate.

De rosto molhado e balbuciando algo
Pareceu aprender algo novo
E tornou-se um pouco mais humana naquela noite.



3 comentários:

  1. Então, não lembro qual a última vez que tantas palavras juntas narraram um momento... momentinho, singela passagem que to passando.
    brilhante, lindo e brilhante mais ainda, porque n! :D

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  2. ahhh esqueci de assimar! rss (sou brocaaa, bronca, tapada e ligeiramente lerda)
    Ludi Dattoli

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