terça-feira, 26 de abril de 2011

Reescritor

Parecia que nem sabia
E realmente não sabia
E de tanto não saber
Invadiu o pedaço de papel
[Que descansava em sono estático]
Com uma cortante
BIC cheia de azul para dar e vender
Era todo dia a mesma coisa
Pilhas e pilhas de informações sem nexo
Ele pousava
Aterrissava
Todas suas não-criativas idéias
Naquilo que quando era madeira...
Ah... Valia muito mais.
Os parágrafos se amontoavam
As cargas de caneta também
Os papéis depois de escrito ficavam mais vazios do que quando eram virgens.
As palavras feriam sem dó
Cada pedacinho de papel
[que corajosamente ainda esperava a picada da agulha de tinta]
Sentia na pele
Na sua textura
As loucas idéias do seu escritor, do seu re-escritor


Um comentário:

  1. Parabéns Thiago pela originalidade do texto que faz com que a gente "viaje" na leitura imaginando cada frase na real. Lindo de mais. __Alexandro Bomfim

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