Qualquer outro ar, que não o saído de seus pulmões
Intruso era considerado
Quando aereamente tentava dar o ar de sua graça
Ninguém por perto chegava
Longe estavam todos os pretendentes
Assim como o verdadeiro sentimento
Do seu plastificado amor
O jovem que tanto arquitetou
Parecia estar cada vez mais seduzido
Pela sua aprisionada paixão
Como prova de paciência e bondade
Retirava tal invólucro todas as manhãs
E curtia assim o seu estático momento de amar
Mas quando aromas vizinhos eram sentidos
Rapidamente em tardes transformavam-se as manhãs
E o seu amor voltava inerte ao seu estado bruto
Plastificado
De tanto respirar
Parecia sobreviver a cada dia
O seu amor
E num súbito desejo irrefreado
O jovem enamorado
Mais uma vez desnudou
Sem pudor
E aquele que seria o seu amor
Dessa vez mal era vista
Nem respirava
Já inexistia
Sumiu.
O jovem enamorado
Mais uma vez desnudou
Sem pudor
E aquele que seria o seu amor
Dessa vez mal era vista
Nem respirava
Já inexistia
Sumiu.